sexta-feira, novembro 01, 2013

1 Novembro 2013

Publicada por Um Dia à Vez

Começo este diário hoje, opto por começá-lo num dia banal, frívolo como os seus antecedentes. Não o faço por opção mas por um imperativo de conservação de sanidade. Tenho de combater este ócio que se apoderou dos meus dias, algo que me ajude a preencher este vazio e por consequência me preencha a mim.

Tomei um pequeno-almoço rápido e vesti-me, tal como faço todos os dias. Depois saí para a rua, tentando encontrar algo que me ocupasse o resto do dia. Com um encolher de ombros mental, optei por ir passear para um jardim público relativamente perto de minha casa. Ganhei esse hábito, fruto de alguém que neste momento não tem grande ocupação na sua vida. Mais uma manhã banal. As mesmas pessoas de sempre, os velhotes que decidem exercitar-se um pouco, as crianças que brincam com a alegria inerente ao seu espírito. Nada de novo.

Deixei-me ficar por ali a observar os outros e a imaginar como seria viver um pouco da vida deles. Ver o que eles vêem, fazer o que eles fazem, sentir o que eles sentem. Quando tu já não chegas para dar significado à tua vida tens de te limitar a sonhar que outros o façam por ti.

É com este sentimento de ausência que me vejo obrigado a terminar esta primeira página do meu diário. Não há muito mais que se possa acrescentar quando vemos a nossa vida estagnada. Almocei. Jantei. Acabo agora de escrever as últimas linhas…

Como disse, comecei este diário num dia banal... mas algo me diz que de hoje em diante os meus dias serão diferentes...

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