quinta-feira, dezembro 19, 2013

19 Dezembro 2013

Publicada por Um Dia à Vez

Fui ouvindo os barulhos da noite, e num adágio quente e dilacerante, as insónias vinham em catadupa, ecoando o teu nome, Mariana.
Começo-me a confundir entre os sonhos e a realidade. Será a vida uma constante luta entre o discernimento de olhos fechados e de olhos abertos, enquanto isso, vou dormindo de olhos abertos, para a que a culpa venha sem o olvido de sonhos.

Derrotado pela frenética luz da minha lucidez nocturna, levantei-me, e foi com o corpo jazido nas lajes frias do meu chão que descobri um número escrito na parede, parecia-me um número de telemóvel, pelo menos partilhava um indicativo sobejamente conhecido e os nove algarismos da ordem, estava escrito a giz branco, e escurecia-me a alma cada vez mais. O medo percorria-me as veias, e a adrenalina da iminente descoberta que dali poderia fazer , alterava-me a insónia, para uma profunda vivacidade do meu ser, não iria dormir hoje, mas também já não o desejava.  Acordado, sonhava apenas em conseguir chegar ao destinatário daquela charada algorítmica. E o teu nome Mariana ecoava uma vez mais, cada vez mais perto, cada vez mais longe.



Diogo Moreira

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