segunda-feira, dezembro 30, 2013

30 Dezembro 2013

Publicada por Um Dia à Vez

Continuavamos a correr o mais rápido que podíamos, o Rui movia-se a uma velocidade estonteante, e aos poucos comecei a perdê-lo de vista, a sirene soava cada vez mais alto... Continuei a correr, sozinho, Rui desaparecera no horizonte. Um horizonte cada vez mais desprovido de árvores, continuei o mais rápido que pude, até perceber que não havia mais por onde continuar, o caminho dava a um penhasco, a velocidade a que eu corria era tal que não tive tempo de travar e foi então que o chão desapareceu, e estava em queda livre... Acordei num sobressalto, completamente transpirado, um imenso branco cegou-me os olhos.       

Estava outra vez no quarto branco, todo almofadado. Branco. Todo Almofadado. O lugar de onde o Berg, Greb e Rui me resgataram. Tudo estava igual, intacto. O espelho continuava no sítio. Olhei de perto, tentando perceber o que de errado se tinha passado. Quando me voltei, dei um berro de surpresa, o homem, aquele homem, que ainda à horas pareceu-me ter visto, estava mesmo à minha frente!
- Andaste a viajar neste últimos dias, não é verdade?- disse-me
- Han? Não percebo
            O homem soltou uma gargalhada e proferiu: “Está a chegar o dia em que irás perceber.”

André Carvalho

Vieira do Minho

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